Banco no centro de Goiânia tem prédio histórico assinado por ícone da arquitetura

Antigo prédio do Santander é um ícone de Ruy Ohtake e se caracteriza pelas curvas em concreto armado

Julia Macedo
Por Julia Macedo
227437739057f777f49599b47bb924d1

Santander usa prédio do antigo Banespa projetado pelo paulistano Ruy Ohtake, um dos principais nomes da arquitetura contemporânea do Brasil. O edifício, que faz parte de uma série de prédios de Ohtake construídos para o Banespa, foi projetado em 1977 e construído dois anos depois.

Edifico

O edifício, que se destaca na arquitetura da capital de Goiás, tem como característica curvas e concreto, bem ao estilo modernista. O objetivo do design era unir “liberdade plástica, rigor construtivo e flexibilidade funcional”.

O prédio está localizado na Rua 3, na esquina com a Rua 9, no centro de Goiânia. O espaço tem área de a 2.450 metros quadrados. No edifício se destacam as curvas, que são características do trabalho do arquiteto que era conhecido pela atenção ao movimento que ele dava à estrutura típica dos modernistas.

O pavimento térreo do prédio da tem um recuo maior do que o exigido como forma de gentileza urbana. A obra de Goiânia, assinada por Ohtake, integra um conjunto de experiências arquitetônicas que se alastraram pelo Brasil na década de 70.

Eram edifícios de com imagem de austeridade, poucos elementos construtivos em concreto armado aparente. O diferencial do prédio do atual Santander é o fato do concreto armado “dobrar-se às curvas”.

Ohtake sonhava com construções diferentes daquelas que já ocupavam os centros históricos das capitais. Para ele era necessário incluir novas formas e cores à arquitetura, uma arte tão difícil. Foi ele o primeiro arquiteto a unir arte, poesia, arquitetura e funcionabilidade fluída.

O prédio foi desenvolvido para que funcionasse uma agência do Banespa, mas suas dependências são capazes de abrigar diferentes aplicabilidades. A obra expressa uma arquitetura brasileira extremamente contemporânea, mesmo com seu desenvolvimento datando da década de 70.

Sua obra se diferencia da arquitetura proveniente de Goiânia e foge do tradicional Art Déco.